Reserva de Emergência
O que se mais se ouve ou lê no mundo dos investimentos é sobre a importância da reserva de emergência. E sem dúvidas é o primeiro passo a ser dado, antes de pensar quais classes de ativos terá a carteira e qual percentual de cada um. Se pretende ter uma carteira arrojada ou conservadora, tanto faz. Primeiro tem que se pensar na reserva de emergência.
A reserva de emergência se trata de um pedaço dos seus investimentos que ficará separado para os imprevistos. Este será o primeiro passo no mundo dos investimentos, guardar uma quantia, para caso ocorra uma necessidade que não estava prevista. Como por exemplo, despesas médicas e odontológicas, carro quebrou ou até mesmo perdeu o emprego, ou seja todos os gastos que chegaram sem avisar.
Para a reserva de emergência, alguns aspectos devem ser levados em conta, como, qual valor será guardado para esta finalidade e onde será guardado. Vamos pensar, uma vez que não sabemos quando teremos que usar o dinheiro desta reserva, é preciso guardá-lo em um investimento que possa ser fácil e rápido de resgatá-lo. Ou seja o investimento precisa ter liquidez, que significa a facilidade de tornar aquele investimento em dinheiro na sua conta bancária para ser usado.
Quanto preciso Guardar
Como já foi dito por aqui, deve se pensar em algo entre 6 meses e 1 ano de seus custos. Porém, não confunda custos com sua renda. O custo é quanto você precisa para pagar todas as suas contas de necessidades essenciais, como, água, luz, aluguel, alimentação, etc. Mas lembrando que esse dinheiro deve ser guardado numa classe de ativo de alta liquidez. Ou seja, Tesouro Selic, CDB com liquidez diária, fundo DI com liquidez em D+0 ou D+1. Você não sabe quando vai precisar usar desse dinheiro. Por isso se chama reserva de emergência.
Acredito que é aconselhável deixar este valor em uma planilha a parte. Já cometi o erro de colocar os valores referentes a reserva de emergência, junto com investimentos de renda fixa. Apesar de ser um investimento em ativos de renda fixa, não é apropriado ficar medindo a evolução deste ativo. Ele está ali para um objetivo específico, que é te socorrer nos momentos inesperados. Além do que, pode gerar um desbalanceamento em sua carteira, entre o que é desejado ter entre renda fixa e renda variável.
Como funciona na prática?
Tem duas situações, sendo a primeira aquela pessoa que já tem um dinheiro guardado e vai montar uma carteira de investimentos. Já a segunda, é aquela que pessoa que está começando do zero e vai aportar um valor todo mês. Claro que o primeiro caso é mais simples, mas não torna o segundo impossível. Vamos imaginar um custo de vida de R$ 1000,00 reais , que multiplicado por 6 meses, seria uma reserva de emergência de R$ 6000,00 reais (mais conservador seria o custo de vida de 12 meses).
Para quem já possui uma economia guardada, digamos R$10.000,00 reais, vai descontar o valor referente a reserva de emergência, os R$6000,00 . Já o restante poderá ser destinado aos investimentos, de acordo o que foi previamente estabelecido ou pensado.
Por outro lado, para quem está começando do zero, vai fazer seus primeiros aportes, na reserva de emergência. Vamos imaginar, que a pessoa consiga guardar R$500,00 reais por mês. Então o primeiro ano de aportes, será para montar a sua reserva de emergência (12x R$500,00 = R$6000,00).